Eu não consigo entender como uma mãe é capaz de abandonar um filho em uma lixeira, em uma esquina, em um saco de lixo dentro de um rio, em um quintal.
Eu já me apaixono pelos meus filhos assim que descubro a gravidez, e cada vez que eles se mexem dentro do meu ventre eu fico ainda mais apaixonada, e assim que eles nasceram e a enfermeira os trouxeram e trocamos o nosso primeiro olhar e nosso primeiro beijo, esse amor se tornou imenso, infinito, profundo, e neste momento também nasceu à mãe fera, bicho selvagem que defende os seus filhotes com toda a força do corpo e da alma.
Essas "mães" que abandonam os seus filhos não têm noção da benção que é poder ter um filho forte, saudável, que pode sair da maternidade direto para casa.
Elas não reconhecem a dádiva que receberam de Deus, essas crianças não iram conhecer o amor incondicional de mãe...
Durante os 200 dias de vida do Dani eu tentei ser a melhor mãe do mundo, tentei ser o mais presente possível, eu não me limitava às paredes frias da UTI, agia como se estivesse na minha casa, trocava fraldas, alimentava, penteava os seus cabelinhos, hidratava o seu corpinho, passava manteiga de cacau na sua linda boquinha, dava banho, arrumava o berço, cantava louvores, contava historias, fazia carinhos, cafunés, e enchia suas bochechas gordinhas de beijinhos...
O Dani pode não ter conhecido o seu quarto azul, seus avós, parentes e amigos, seus brinquedos, mas ela conheceu o que há de mais importante: O AMOR!!!!! Como amei e amo o meu gordinho, eu repetia todos os dias em seus pequenos ouvidos: Filho te amo do tamanho do céu!!!
Tanto nós da família quanto a equipe UTI demonstramos o nosso grande amor pelo naninho.
Fico triste pelas crianças que nunca conheceram o verdadeiro amor, aquele gratuito, inocente, puro, sincero que o Dani conheceu em grande quantidade...
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